
Um ataque de militantes Fulani, na sexta-feira (13), contra a comunidade de Owode Ketu no estado de Ogun, na Nigéria, deixou ao menos seis cristãos mortos e vários feridos. O ataque ocorre, apenas quatro dias após o vilarejo de Yewa, ser atacado.
Segundo informações da mídia local, centenas de militantes Fulani entraram na comunidade, atirando contra os moradores que tentavam fugir para um local seguro. O incidente causou o fechamento de escolas, hospitais e muitas empresas.
Wahab Haruna Abiodun, membro da Câmara da Assembleia que representa o eleitorado de Ketu, disse que o ataque foi uma retaliação a uma visita de Sunday Igboho, um ativista que trabalhava para livrar a comunidade de pastores de gados assassinos.
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“Este foi um ataque de represália por pastores, pois eles chegaram às centenas após a visita de domingo Igboho à área, é tão triste que o grupo constituinte de Ketu esteja se banhando no sangue de seus constituintes”. Disse, ele.
O governador Dapo Abiod condenou a violência, afirmando: “Não pouparemos nenhuma ação, inclusive cruel, para trazer a paz e a ordem pública a cada vilarejo, vila e cidade no Gateway Stat”.
Os Fulani é o quarto grupo terrorista mais mortal do mundo, e já ultrapassou o Boko Haram como a maior ameaça aos cristãos na Nigéria. “Eles adotam estratégia comparável ao Boko Haram e demonstram uma clara intenção de atingir os cristãos”, afirma o Grupo Parlamentar de Todos os Partidos do Reino Unido.
Os líderes cristãos na Nigéria, dizem que os ataques são motivados pelo desejo do jihadista Fulani de tomar terras agrícolas e impor o Islâ à população. No entanto, muitos cidadãos e líderes políticos estão frustrados com o governo dominado por muçulmanos, que permite atrocidades Fulani.
Em dezembro de 2020, o Departamento de Estado dos EUA adicionou a Nigéria à sua lista de Países de Preocupação Particular, por tolerar “violações sistemáticas, contra a liberdade religiosa”.