
Os militares de Mianmar tomaram o poder na segunda-feira (01), em um golpe contra o governo eleito da vencedora do Prêmio Nobel, Aung San Suu Kyi, que foi presa junto com outros líderes do partido, Liga Nacional para a Democracia (NLD) em ataques matinais.
Os militares disseram que realizaram as prisões em resposta a “fraude eleitoral”, entregaram o poder ao chefe do Exército Min Aung Hling e impuseram o estado de emergência por um ano, de acordo com um comunicado transmitido por uma estação de TV do Exército.
O partido de Aung San Suu Kyi divulgou comentários que disse ter escrito em antecipação a um golpe e pediu às pessoas que protestassem contra a tomada do poder pelos militares.
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O golpe é prejudicado por anos de esforços apoiados pelo Ocidente para levar a democracia a Mianmar, anteriormente conhecida como Birmânia, onde a vizinha China também exerce uma influência poderosa.
Os generais agiram horas antes de o parlamento se reunir pela primeira vez desde que o NLD venceu por esmagadora maioria as eleições de 8 de novembro, vistas como um referendo sobre o regime democrático emergente de Aung San Suu Kyi.
Mianmar subiu uma posição na Lista Mundial da Perseguição de 2021, ocupando agora a 18° posição refletindo a severa perseguição que milhares de cristãos enfrentam. Os cristãos ex-budistas continuam encontrando uma tremenda hostilidade da família e da comunidade local.
Os tipos de perseguição aos cristãos em Mianmar são: nacionalismo religioso, paranoia ditatorial, corrupção e crime organizado. Segundo à Portas abertas, com os militares no poder podem intensificar a perseguição contra minorias, inclusive cristãs.
Na avaliação da organização, mesmo com uma tomada de poder, o cristão no Mianmar, que é formado por maioria ex-budista, vai continuar sofrendo perseguição, talvez até de forma mais intensa, pois os partidos são apoiados por líderes budistas.