
Nesta sexta-feira (7), vários ativistas cubanos lamentaram nas redes sociais a morte do prisioneiro político da cidade de Camagüey, Yosvany Aróstegui Armenteros, devido a uma greve de fome sustentada por mais de 40 dias, segundo várias fontes que publicaram a notícia.
Ele frequentava uma igreja protestante na cidade antes de ser preso. Uma foto sua onde o mostra publicamente usando um suéter que diz “Cristo sim, Castro não”, é uma das fotos mais vistas atualmente na mídia.
“Hoje lamento a perda de meu amigo Yosvany Aróstegui”, escreveu o ativista cubano Juannier Rodríguez no Facebook. “Depois de passar um tempo na prisão, Yosvany se levantou várias vezes, o último passou mais de 40 dias em greve de fome. Morreu há poucas horas no hospital Amalia Simoni, em Camagüey”.
Segundo Rodríguez, após a morte do ativista, a Segurança do Estado não permitiu que “alguns opositores” comparecessem ao funeral.
Aróstegui Armenteros “era conhecido por ser aquele adversário que ia aos protestos com um carrinho cheio de ativistas”, acrescentou o ativista em seu post no Facebook. “Quando fiz amigos da oposição pela primeira vez em Camagüey, foi na casa deles que fiquei”, referiu também.
Até sua morte, o oponente cubano era membro da Frente de Resistência Orlando Zapata Tamayo. Em 2016, seu nome fez parte da lista de presos políticos libertados após a visita do ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama a Cuba.
Um ano antes, sua esposa havia denunciado que o chefe da prisão conhecida como Cerámica, onde Aróstegui Armenteros cumpria pena, o trancou em uma cela de castigo e o fez sentir frio, além de lhe negar o tratamento médico de que necessitava devido ao seu estado diabético.