
A igreja evangélica Assembleia de Deus da Vila Redenção, em Aparecida de Goiânia, decidiu ir à justiça para permanecer aberta durante a pandemia. A igreja, protocolou uma ação judicial na tarde deste sábado (28), pedindo a reabertura.
O governo do Estado de Goiás, publicou no último dia 20, decreto estadual proibindo todas atividades religiosas em todo estado. A medida é com o intuito de evitar aglomerações para combater a proliferação do novo coronavírus (Covid-19).
O mandado de segurança com pedido de tutela de urgência é em desfavor do governador Ronaldo Caiado (DEM). O pedido, se estende ao prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha (MDB). Segundo informa, O Popular.
O documento, remetido à 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual, conta que uma das igrejas, foi notificada no dia 23 de março. Na ordem, foi determinando o seu fechamento imediato, colocando todos os fiéis para fora do local, com base nos decretos de combate à Covid-19.
No argumento dos advogados da Igreja, Edvaldo Adriany Silva e Samuel Rocha Alves, os decretos ferem “a liberdade religiosa do cidadão sob o argumento de que a sua finalidade era evitar o contágio do coronavírus”.
A Igreja em questão, explica mesmo antes dos decretos, já adotava as medidas preventivas cumprindo as orientações do Governo Federal, assim suspendeu os seus cultos públicos e passou a transmiti-los via on-line.
Igreja um refúgio
Ainda na ação, os advogados ressaltam que a igreja é uma congregação de médio porte com aproximadamente 300 fieis. E desde então, passou a realizar postagens on-line de mensagens a seus fiéis”. Mas que, ainda assim, “existe um grupo de fieis, que buscam o refúgio da igreja para realizar suas orações”. E por isso, ainda se mantinha aberta.
A ação ainda diz que neste cenário caótico, evita que o cidadão não entre em um processo de histeria coletiva e social, como em filmes apocalípticos, é justamente a fé das pessoas em suas religiões.
“Logo a igreja nestes dias de crise deveria ser é obrigada a se manter aberta 24 horas para dar conta de tratar toda a população e não obrigada a fechar por ato normativo ilegal, argumenta os advogados”. Diz, um trecho da ação.
Nesta quarta-feira, (25), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, defendeu a abertura de igrejas endossando o discurso do presidente Jair Bolsonaro, que criticou as medidas de isolamento social contra o (Covid-19), novo coronavírus.