Um cristão egípcio preso sob acusação de blasfêmia permanece na prisão, mesmo após ter sua libertação marcada para 22 de janeiro. Abd Adel Bebawy foi condenado a três anos de prisão em 2018, seis meses depois de ser preso em sua cidade natal, Minbal.
O cristão foi condenado por uma publicação no Facebook, que motivou muçulmanos extremistas a atacar as casas de vários cristãos. A família de Bebawy foi deslocada da vila e ainda não pode voltar.
A família de Bebawy, segundo o Christian Concern, o havia visitado na prisão apenas dias antes de sua libertação programada, e todos entendiam que ele seria libertado sem nenhum problema. No entanto, o dia chegou e passou.
Um grupo de outros presos programados para libertação naquela semana ganhou liberdade, mas Bebawy permaneceu na prisão. Foi dito à família que ele não pode ser libertado por causa de condições instáveis no país e que Bebawy está sendo mantido na cadeia para salvá-lo e manter o ambiente calmo.
O Egito é um país oficialmente islâmico e autoritário. Os cristãos são frequentemente alvos de incidentes violentos e sujeitos a discriminação. A liberdade de expressão não existe no Egito, e os cristãos que falam abertamente de sua fé ou mesmo sobre o Islã o fazem sob grande risco pessoal.
Embora o governo seja capaz de controlar muitos aspectos da sociedade, poucos esforços são feitos para proteger os cristãos em suas vidas cotidianas. Infelizmente, culpar as vítimas por ser cristãos é comum em toda a sociedade egípcia.