
Um pastor chinês comete suicídio, após se declarar cansado da perseguição que a igreja sofre na China, o líder religioso pulou de um prédio no último dia 17, de julho na província de Henan.
O pastor, Song Yongsheng, era líder de uma igreja controlada pelo governo na província chinesa de Henan, se jogou do telhado depois de dizer que foi “um fracasso” tentar trabalhar com o governo.
O governo chinês aplica políticas estritas em torno da prática da religião e exige que qualquer igreja que funcione seja registrada no Departamento de Assuntos Religiosos, o que efetivamente as mantém alinhadas com os ideais comunistas.
De acordo com a China Aid, Song foi o presidente do Movimento Patriótico dos Três Autos de Shangqiu (TSPM) e o presidente do Conselho Cristão da China (CCC) – as organizações oficiais do governo que regulam o coletivo de igrejas aprovado pelo estado.
O pastor deixou uma carta-testamento, dizendo que tentou convencer as autoridades chinesas a abrir um caminho para o movimento de todas as igrejas, a fim de melhorar o bem-estar das igrejas, sem registro ou não, e fazer a ponte entre os dois.
Esse objetivo tornou-se impossível de ser alcançado, com as autoridades permanecendo comprometidas em criminalizar os cristãos que se recusaram a se curvar diante do governo.
O controle constante por parte do governo chinês, a opressão e a falta de cooperação demonstrada pelo regime comunista o deixaram “exausto”, escreveu escreveu o pastor na carta antes de cometer o suicídio.
A esposa do pastor publicou algumas mensagens para dizer que seu marido jejuou quatro dias antes de morrer. O corpo foi cremado em 19 de julho e somente a presença de dois representantes da igreja foi permitida.
O governo chinês proibiu a família e os fiéis de realizar serviços funerários públicos.